domingo, 29 de agosto de 2010

Dificuldades de percurso

QUERO FAZER E NÃO POSSO!!
ARTE URBANA, PÚBLICA, DEMOCRÁTICA E DE GRAÇA PRECISA DE AUTORIZAÇÃO??
MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA NA RUA PRECISA DE AUTORIZAÇÃO??

SIM SIM SIM

Já cancelei três intervenções por falta da AUTORIZAÇÃO DA URBS

QUERO FAZER, PRECISO FAZER E VOU FAZER...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Inquietações do dia

Hoje, em estúdio com o Cleber Borges e a Bia Figueiredo, discuti sobre como mostrar o trabalho - RASTROS INTERVENÇÃO URBANA - dentro da Casa Hoffamnn????Tarefa dificil!Como mostrar para o público da Casa o trabalho que faço na rua???
Como estabelecer relações com a rua e a Casa?Aproximidades?EStratégias para propiciar o trânsito das pessoas dentro da Casa??

???????

Como fazer??O quê fazer??Como mostrar??

Tarefa para os próximos dias de investigação...

Palavras de um olhar externo que me emocionou

Michelle movimentando meus pensamentos...
...na suavidade do movimento
a graciosidade e encantamento
no olhar vago e distante
um foco
logo alí.
Tudo pará!
Se depara -
com o eu em movimento
que não pára
só repara
num gesto meigo e
sincero
com o coração em suas mãos!
Leveza
Contemplação
Graciosidade
Poesia velada

aplausos silenciosos
sorriso sincero

Registros - olhar exterior...

Rastros realizado na sacada da Casa Hoffmann no dia 18 de agosto de 2010

Retorno dos olhares externos

"Graciosa, as vezes tímida, que brinca de esconder e mostrar!"

"A beleza e a graciosidade do gesto.
Aguinhas positivas,
redondas, retas,
no espaço-corpo
e sorri ao mesmo
tempo com leveza
e densidade
Gostoso senti você assim,
ao por do Sol,
acontecendo junto ao corpo...a nós"

"O respeito com o seu corpo, amorosidade.
A criança, alguém que flui, que olha, que observa."

terça-feira, 10 de agosto de 2010


QUEM FAZ POESIA TEM QUE LER POESIA! (Daniele ANdrade)

você quer fazer POESIA URBANA?! (Luiz Fernando Bongiovanni)

Em estúdio descobri...

TCHAU ANDANDO DE SALTO ESCONDIDO DA MÃE
PULAR NA ÁGUA BICO DE PAPAGAIO TALVEZ NÃO SEI
FOTO/SORRISO SUSPIRO/SUSPIRO=SUSPIRO DE SUSPIRAR E SUSPIRO DE COMER
DEDOS IGUAIS COME SUSPIRO E PULA
ASSOPRO SOLUÇO NA FAZENDA
ABRAÇO CAMINHADA CRUZADA REQUEBRADO DANÇADINHA
CORAÇÃO TCHAU CARINHO ABRAÇO INVERTIDO
ACHOU ESCONDEU

ORIENTAÇÃO LUIS FERNANDO BONGIOVANNI

porque faço essas escolhas?

qual é o tema?

direcionamento da pesquisa?

dramaturgia em dança?

o quê de dramaturgia tem no meu trabalho?

personagem?

porque o que eu danço é interessante?

o quê de interessante tem no meu trabalho?

qual é o meu assunto principal?

como desenvolvo a fisicalidade para esse trabalho?

se apareceram os movimentos?porque ficaram?

movimento totalmente condicionado ou improvisado?

porque liga e desliga?

MOVIMENTOS CASUAIS X MOVIMENTOS COREOGRAFADOS

PORQUE MISTURAR?ELEGER UM MODO DE DANÇAR?

COMO UM ASSUNTO VIRA MOVIMENTO/DANÇA? E POR QUÊ?

IMAGEM DE PASSAGEM - ESPAÇOS DE PASSAGEM

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

AÇÃO E REAÇÃO





Santa Efigênia

Está deserto. Poucas pessoas passam por aqui no domingo no fim da tarde. Fica dificil me mover sem estímulo, sem som, fluxo, movimento urbano.
.INsisto.
Algumas pessoas passam. Sorrisos.
O improviso é curto. Faz frio. Escurece. Sinto medo.
.Insisto.
Converso com um grupo de jovens sobre outras passarelas no centro de São Paulo. Me interesso por outros lugares.
Sinto uma imensa vontade de voltar em outros dias e horários. Produzir um vídeo-dança - Projeto para um próximo edital.
Domingo grande. Cheio de emoções. Reações. Comentários. Fotos. Vídeos. Caminhadas. ENCANTAMENTO. ENCANTAMENTO.

Viaduto do Chá

São Paulo, domingo - 15h.
Decepção. Chego no Viaduto do Chá e tem carros. Como?Na minha falha memória este lugar era composto apenas de via para pedestre. Fico em dúvida. Penso e tento ir embora. Volto e começo. Decepcionada, desanimada, em dúvida e com raiva pois minha lembrança me enganou.
Meu corpo demora para entender o que está acontecendo. Começo a caminhar e logo ouço Linda. Me assusto pois ainda está tudo confuso, então me concentro e realmente começo. Me movimento, abro e fecho os braços, coloco a mão no queixo, abaixo, coloco a mão no ombro, giro, caminho, olho, fotos, sorrisos, uma senhora - Muito bom te ver aqui!. Um garoto: Você está me seduzindo?. A bicicleta que passa, olha, para, volta e fica, fica até que tudo acabe. A senhora, forte, muito forte que olha de rabo de olho e passa. Me sinto pequena, inútil. Permaneço parada e encantada com aquela imagem. Esta que estão vendo. Um homem: Ei gostei desta dança. Eu digo: Então, DANÇA COMIGO? Sim, ele e eu somos contaminados pela DANçA. E DANÇAMOS...

Passarela Ciccillo Matarazzo


Isto é encantador! A muito tempo este lugar me encanta. Desde a infância passo por aqui e estar aqui me traz muitas lembranças. É realmente encantador poder dançar, mover, contaminar e ser contaminada neste lugar: a Passarela Ciccillo Matarazzo, conhecida como passarela do Ibira - que liga o antigo prédio do Detran com o Parque do Ibirapuera.
Porquê estou aqui? Na primeira Mostra Pública da Casa Hoffmann, a interlocutora convidada Rosemeri Rocha perguntou se o TUBO era realmente o foco do trabalho ou fonte inspiradora para a pesquisa do movimento?! Enfim, aqui estou eu experimentando mover em passarelas de São Paulo a fim de perceber o verdadeiro lugar deste trabalho artístico.
Porquê Passarelas? Encontrei proximidades entre passarelas e tubos. Ambos são espaços para passagens, com entradas e saídas bem definidos onde os transeuntes tem a opção de passar, parar e esperar. No tubo a espera é mais ansiosa, preocupada, desanimadora, enquanto que nesta passarela meio-dia de um domingo de sol, a passagem é prazerosa, tem tempo para fotografar, observar, o corpo está feliz, relaxado, com roupas leves, disponível a olhar o novo, meu corpo em movimento, o vento balançando meu vestido, a troca, eu vejo logo sinto e me movo, fotografo, interfiro, surpreendo, peço para tirar foto, dou tchau, mando beijo, abraço, mais fotos, muitas fotos e movimentos expontâneos.
O ENCANTAMENTO e a MUDANÇA DE ESTADO CORPORAL DOS TRANSEUNTES a partir do meu corpo que dança muito me interessa para a continuidade desta intervenção/interferência cênica urbana RASTROS.
Em ambas as esperiências